Por SA Explorer
O “Novo Mundo” já existia muito antes dos europeus partirem. A civilização da América do Sul remonta a 3000 a.C., no mesmo período em que cidades antigas estavam a subir no Egipto, China e Índia. Uma minissérie da BBC chamada “Lost Kingdoms of South America” destacou recentemente quatro destas misteriosas culturas em episódios com quatro horas de duração. Aqueles no Reino Unido podem ver os episódios completos aqui, mas para todos os outros, aqui está o que lhe escapou.
p>Povos das Nuvens: Chachapoyas
Mais de 500 anos antes do Império Inca, uma cultura poderosa desenvolveu-se nas terras altas do norte do Peru. Conhecida como uma comunidade guerreira feroz, os Chachapoyas controlavam uma área luxuriante e montanhosa de 10.000 milhas quadradas. Construíram centenas de estruturas circulares no topo das montanhas, que podem estar onde obtiveram o seu nome, o que significa “povo das nuvens”. Não deixaram para trás nenhuma língua escrita, pelo que os arqueólogos confiam em artefactos de sepultamento para obterem pistas sobre a cultura. Os restos mais notáveis encontram-se em túmulos à beira de penhascos, acessíveis apenas por uma subida íngreme e hábil, ou por uma repelente cuidadosa, e com autorização governamental. Muitos dos túmulos foram invadidos. A ruína mais impressionante deixada para trás pela cultura Chachapoyas é a fortaleza Kuelpa, com paredes de 40 pés de altura que envolvem 400 edifícios redondos.
A Pedra no Centro: Tiwanaku
Archeólogos não sabem o que aconteceu à outrora próspera cultura Tiwanaku. Quando os Incas tropeçaram nela, encontraram apenas ruínas; a sociedade tinha desmoronado em algum momento durante o século XI ou XII. Durante o auge da sua influência, o Império Tiwanaku cobriu partes da Bolívia, Argentina, Chile, e Peru. Cresceu a partir de um pequeno assentamento de substâncias com culturas não irrigadas – como batatas e quinoas – para uma grande sociedade com um engenhoso sistema de irrigação que lhes permitia cultivar culturas em grandes altitudes em condições adversas. As ruínas mais impressionantes deixadas para trás estão localizadas no lado boliviano do Lago Titicaca.
Terrenos de Ouro: Muisca
Conquistadores navegaram para a América Latina em busca de riquezas, e encontraram-nas. Encontraram culturas locais que usavam ouro para venerar os deuses, cobrindo as paredes dos seus templos e palácios em chapa de ouro, e vestindo os líderes no metal para inspirar admiração. Apesar destas riquezas, os espanhóis queriam mais. Os rumores de uma cidade de ouro escondida nas profundezas dos Andes chegaram a ouvidos gananciosos, e os europeus procuraram em vão este El Dorado, que significa “o dourado”. Os rumores provavelmente vinham da cultura muisca da Colômbia. No que é agora a Colômbia, a cultura muisca era mais uma confederação solta de várias sociedades. Numa cerimónia religiosa, o chefe cobria-se de pó de ouro e atirava ornamentos e jóias de ouro para o Lago Guatavita para honrar um ouro submarino.
p>Kingdom of the Desert: Chimu
A faixa costeira do Peru entre o Oceano Pacífico e os Andes é um deserto árido. Foi aqui que a cultura Chimu construiu a sua capital, Chan Chan, a maior cidade pré-colombiana das Américas. No seu auge abrigou cerca de 600.000 pessoas, incluindo uma burocracia de elite, enquanto a totalidade do Reino do Chimor abrangia 620 milhas (1.000 km) de terra costeira. A cultura Chimu desenvolveu-se desde 900 d.C. até 1470 d.C., quando foi conquistada pelo Império Inca. Foram encontrados inúmeros corpos nas cidades Chimus, levando os arqueólogos a acreditar que praticavam o sacrifício humano, talvez na tentativa de prevenir o efeito adverso do El Nino que periodicamente devastaria a cidade.
p> Interessado em visitar uma destas cidades ou aprender mais sobre as antigas culturas e sociedades sul-americanas? Fale com um dos nossos Especialistas de Destino sobre a elaboração de férias à medida dos seus sonhos.